A liturgia deste domingo nos aponta a morte como caminho para vida. As leituras propostas nos chamam atenção para o fato de que a salvação dada a nós por Jesus na Cruz com seu sofrimento e sua morte à imagem do servo sofredor (primeira leitura) e estendida a nós pelo batismo (segunda leitura) depende exclusivamente da nossa adesão diária ao Senhor (evangelho). “Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz de cada dia, e siga-me” (Lc 9,23b).
Na Leitura da Profecia de Zacarias, Deus
promete infundir um espírito de piedade e de súplica sobre os habitantes de
Jerusalém para que se arrependam das suas faltas contemplando ‘àquele a quem
transpassaram’ e para que chorem tanto quanto por um primogênito. Essa imagem
da primeira leitura assemelha-se à do servo sofredor contida em Isaías 52 e é
uma prefiguração da cruz de Cristo.
Na segunda leitura, retirada da Carta
aos Gálatas, São Paulo constata a nossa filiação divina pelo batismo. “Vós
todos que fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo” (Gl 3, 27). De
fato, a nossa associação à Cristo Jesus nos torna irmãos. Por isso, toda
discriminação deve ser deixada para trás.
No Evangelho, Jesus faz com que os
apóstolos digam o que pensam dele. Eles compreendem Jesus como libertador, mas
pensam de modo diferente do de Jesus. Eles pensam em Jesus como o messias que
libertará pelo poder. Jesus, pelo amor. Amor que o leva a abraçar a Cruz para
nos dar a salvação. Por isso, segundo seu exemplo, Ele nos convida a abraçar a
nossa cruz de cada dia e a seguir-lhe.
Peçamos a Deus o dom de compreender que
a vida se realiza unicamente no amor que se dá até o extremo. Assim seja.
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