Dai-nos, ó Mãe, a graça de deixar-nos surpreender por Deus!

“A vida cristã é sempre um caminhar na presença de Deus, mas não está isenta de lutas e provas”, diz-nos o papa Francisco, quando ainda era Arcebispo de Buenos Aires, em 2006.  A vida cristã precisa ser necessariamente um caminho de fé. Um caminho que nos arranque do nosso conforto, da nossa comodidade e de tudo que nos impede de, pela fé, experimentar as surpresas que Deus nos tem reservado.

Conta-nos o Evangelista São Lucas que Jesus, entrando em uma cidade chamada Naim, esbarrou em um funeral. Ao ver a tristeza da viúva que perdera seu único filho, o Senhor se compadeceu e o fez reviver. O milagre de Jesus não é senão um sinal da irrupção deste mundo novo em nosso mundo velho de todo dia. Sinal da surpresa de Deus.

Nosso Deus não é um deus distante. Em meios às dificuldades, Ele atua e nos surpreende. Como o vinho novo que, Jesus da água transformou, em Caná, ele sempre reserva o melhor para nós. No entanto, insiste para que nos deixemos surpreender por seu amor, para que acolhamos as suas surpresas.

É preciso, então, nos confiarmos plenamente à Ele. A Virgem Maria confiou-se plenamente a Deus e ouviu da boca de sua prima Santa Isabel que, cheia do Espírito Santo, exclamou: “Bem-aventurada aquela que acreditou, porque será cumprido o que o Senhor que lhe prometeu!”

Por isso, neste terceiro dia de festa, queremos dizer: Dai-nos, ó Mãe, a graça de deixar-nos surpreender por Deus!